Thursday, October 27, 2005

O meu maior medo

Existe uma evidência no silêncio atordoador que dura já há 4,5 mil milhões de anos. Nunca se perguntaram o motivo pelo qual nunca fomos visitados por civilizações alienígenas? Nenhum vestígio. Nenhum recado. Nenhuma mensagem radiofónica através do espaço. Onde estão eles? O que lhes aconteceu afinal?

Vamos aqui abandonar a arrogante pretensão de ser a única forma de vida inteligente no universo. Onde estão afinal as outras civilizações? Qual a causa do seu desinteresse em relação a nós?

E depois.. Há aquela hipótese que não deixa a minha mente. Não pode ser. Por muito que penso em outras alternativas, volto sempre ao mesmo. É na verdade muito simples. Aterradoramente simples. Já se foi. Acabou tudo.

Qualquer sociedade tecnológica atinge-o rapidamente - os meios de se auto-destruir - é essa a resposta. Ao atingir o limiar da tecnologia. Antes de ter qualquer hipótese de se aventurar pelo espaço, surge o Aborto Civilizacional. Por meios de destruição em massa. E depois, o silêncio de novo. Há quanto tempo é que isto dura?

E aqui estamos nós. A escrever um capítulo da história celeste. A celebrar alegremente a colisão com o iceberg, e a usar os seus pedaços de gelo no champagne com o qual brindamos. Tal como no Titanic fará em breve um século. Brindemos então. À Interrupção voluntária da Civilização.


Enquanto isso continua a odisseia pelo espaço do Voyager. Com a nossa mensagem às comunidades intergalácticas. Quando atravessar milhares de anos luz e chegar ao seu destino fará chegar o conhecimento de uma civilização que já foi. Que teria sido. Ou que nunca foi. Um grito de socorro de uma criança sem voz, que ficou por nascer. Agradeço encarecidamente à sua madrasta que lhe negou a existência.

Monday, October 17, 2005

Porque será que todas as pessoas maravilhosas que eu conheço têm tendências completamente opostas às minhas? Deve ser tudo uma grande cabala, ou então uma conspiração maçónica. Respirei bem fundo antes de entrar em casa dessa grandiosa alma que pertence ao mundo dos vivos.

À espera de encontrar um espólio de simbologia marxista. Na verdade não fiquei desiludido. Nunca pensei que tantos artefactos pudessem caber em tão poucos metros quadrados. Só me lembrava da bonecada que enfeita as prateleiras do pavilhão chinês. Só que em vez de Zé Povinhos, caricaturas do D. Carlos, uniformes militares, panfletos de propaganda do tempo da 1ª Guerra Mundial, o que encontrei aqui era exclusivamente dedicado à ideologia marxista ou trotskista.

Dei comigo com a seguinte bandeira na mão:

"Não sabes, Filipe, o que é essa bandeira?
- Pois, não.. nunca a vi mais gorda. É mesmo uma bandeira? De algum país que existiu? Região? Movimento associativo?"

Só sabia que uma associação de tantas cores quentes não agoirava nada de bom. Para além do mais, de todas as combinações de cores complementares, a pior de todas é a conjugação do amarelo com o lilás. Se juntarmos a isso o odioso vermelho, aqui temos a galeria dos horrores. Não sabia o que a bandeira representava, só sabia que de antemão, já antes de saber o que representava não gostava dela. Ainda pior: estava a frustrar as expectativas de quem me tinha em tão boa conta, por não saber que diabo a bandeira representava.

Eu que me orgulhava de conhecer todas as bandeiras existentes e imagináveis, uma vez impressionei o meu chefe numa conferência internacional ao enumerar sem erro as 33 bandeiras dos países participantes ali expostos.

Pois bem está lançado o desafio, a quem souber resolver a charada. Publico a resposta daqui a 2 semanas. Até lá aguardo os vossos palpites.

Wednesday, October 12, 2005


Finalmente o meu Blog

Não sei se por desvaneio mental, ou por vontade de publicar os mesmos, aqui oficializo a inauguração do meu blog.

Este espaço é dedicado a todos os que me acompanham nesta breve viagem.


No emaranhado de diferentes vidas que se cruzam e constituem a nossa teia social, convido todos os que por cá passam, vieram, ou que venham a passar por cá. Evoluímos durante 4,5 biliões de anos, com o único propósito de nos unir num ápice.. e voltar ao nada

Sintam-se livres